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domingo, 2 de agosto de 2015

Agosto. Te gosto.

É Domingo. Os ventos lá fora rasgam as cortinas que os calendários costumam usar em suas 29 ou 30, talvez 31 janelinhas miúdas com luzes pouco esclarecedoras que tentam arduamente aquecer o frio que vem fazendo nos últimos tempos.
A verdade sobre esses últimos tempos não passa de um ensaio sobre a solidão coletiva que vem congelando cada corpo a cada dia e todo dia eu penso em você. De repente é agosto e eu só queria te contar o quanto te gosto.
Enquanto as pessoas precisam desesperadamente de luzes ofuscando suas almas pequenas, eu preferia me desligar, poder descer dessa roda gigante tediosa e nublada, saber que me esperas no chão firme. Poder pousar os olhos em uma rachadura na terra e estar simplesmente em silêncio ao seu lado, sabendo que  qualquer dia desses, pode nascer uma flor ali.
Não precisa ser mesmo uma flor, flores são clichês, mas precisa ser algo vivo. Algo de verdade, que é pra eu não me esquecer que ainda existe gente como você nesse mundo fodido.
Não precisa ser uma flor, mas tem que ser algo bem bonito.
Ei, só queria te dizer que coisas estupidamente bonitas ainda vão acontecer na sua vida. Talvez amanhã, ou não. Mas quero estar lá para dividir com você todas elas.