Páginas

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Assinado: ninguém

Se o som da sua voz se perdeu em meio a tantas coisas dentro de mim, de que serve a música? Se a luz do teu sorriso não ilumina mais minhas noites, minhas lanternas devem ser jogadas fora. De que adianta seu "eu te amo" sintético, de que adianta pra mim, que sempre estive em ti, e agora ja não sou mais capaz de reconhecer suas verdades, uma vez que deixaram de ser minhas. De que servem teus versos, tuas danças, se não me pertencem, Amanda? Servem, de fato, para colorir o mundo, tudo que o habita e todas as pessoas que nesse pedaço de terra caminham. Mas o que posso eu esperar, minha querida, se não pertenço a esse lugar? Como uma estrela cadente, você passou rápido demais por aqui. Restam faíscas, restam migalhas, resta apenas um pedaço meu.

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A serpente viva

Um oceano de lágrimas me fizeram perder a direçao, e junto dela, qualquer inspiraçao.
Quando estás perdido em mar aberto, todas as coisas bonitas vao embora, tudo mais vai embora.
Eu precisei de apenas um sorriso teu pra encontrar a terra firme e firmar as maos de volta nesse teclado empoeirado, fazer a análise semantica do teu olhar unicamente maquiado e daqueles cabelos desvairados que encontrei no sábado passado.

Garota, tua existencia faz a ciencia da alegria plena e silenciosa
Deslizando como uma serpente viva nas curvas mais minunciosas de um rio fresco, cuja nascente parte da imensa magnitude astral das estrelas dos teus olhos.

És uma criança, também és uma mulher. É a virtude e o pecado, és tudo, menos tristeza.
Das lágrimas que rolaram pelo teu rosto, todas elas fizeram brotar uma flor. Tens o dom de nao deixar rastro de dor.
Como uma serpente viva e colorida, daquelas que aparecem em sonhos pueris ou em parques infantis.