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domingo, 28 de outubro de 2012

Cinco horas da tarde e cinquenta e oito minutos perdidos no tempo



No lugar de segurar seu orgulho, você deveria ter segurado à mim.

Entende agora porque eu ficava brava quando vc saia com seus amigos inconsequentes? Meu bem, eu nunca desejei sua morte, você entendeu errado, você sempre entende errado. É que as vezes eu tenho raiva, sabe?Raiva de mim, de você, das brigas desnecessárias e da idiotice que foi ter abrido mão de tudo que era mais importante pra mim.
 Eu não tô legal, mas já aceitei o fim.
 Tenho até me cuidado, larguei aquelas besteiras, tô fazendo tudo da forma que você mesmo disse que eu deveria fazer, e você tá bem? bom, eu nem sei porque que eu estou te falando essas coisas, você não liga mesmo. Chegou a pedir pra eu te deixar em paz, e olha só, quem diria! Dessa vez foi de verdade, dessa vez doeu bem mais fundo.
 Então, eu vou acabar te deixando em paz mesmo, uma hora ou outra esse negócio ruim entalado na garganta, apertando o peito e ardendo os olhos e secando a boca vai passar não vai? 
 Vai ser difícil. Eu bebo, fico louca, esqueço as chaves, perco o celular, perco a cabeça, esqueço meu endereço e esqueço meu nome, só não esqueço seu número, mas... você nunca atende. Nunca tá nem aí. 
Pedi pros meus amigos não deixarem mais eu te ligar, desculpa quando eu te ligo. É que eu esqueço de fingir que te esqueci. 
Agora, acho que falei quase tudo. Só te peço uma coisa. Se cuida. Se cuida bem.



Outubro. Tinha esquecido que o Outubro era a reabilitação da ressaca de Setembro.